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segunda-feira, 17 de março de 2014

Mude os hábitos para prevenir arritmias cardíacas


Dietas de baixas calorias e o consumo excessivo de gordura são fatores de risco
Por Carolina Serpejate

As arritmias são alterações do ritmo cardíaco, tanto para uma frequência mais alta (taquicardia) quanto para menor (bradicardia). Em ambas há o risco de surgimento de outras doenças cardiovasculares, como infarto e AVC e morte súbita. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 5% da população brasileira sofre com algum tipo de arritmia, incluindo pessoas mais jovens - ao contrário do que se pensa sobre esse tipo de doença. Isolada, ela não representa nenhum risco. Mas, sem acompanhamento médico, o problema pode se agravar e comprometer não só os batimentos cardíacos como o sistema circulatório. Confira os hábitos necessários para controlar o problema ou evitar que ele apareça.

Cuidado com a cafeína 

Café, chá, chocolate e refrigerante contêm cafeína e são conhecidos por seus efeitos estimulantes em nosso sistema nervoso. A cafeína também pode gerar uma contração e batimentos mais rápidos do coração, não sendo recomendado para quem sofre de arritmias, de acordo com o arritmologista Jefferson Jaber, do Hospital Santa Virgínia e membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Segundo ele, o ideal é ingerir até 300ml por dia, caso esteja tudo bem. "Sob suspeita, o ideal é perguntar ao cardiologista se há necessidade de interromper o consumo", afirma. 

Álcool com moderação 

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está diretamente associado ao quadro de arritmia. "A fibrilação atrial é a arritmia mais decorrente nesses casos", conta Jefferson. De acordo com ele, a ingestão excessiva de álcool estimula o sistema adrenégico (formado pelos receptores cerebrais responsáveis por produzir adrenalina), o que vai aumentar o batimento cardíaco e piorar um quadro de arritmia. 

Fuja das "dietas da moda" 

Dietas com uma restrição de calorias muito elevada ou à base apenas de líquidos podem levar a distúrbios metabólicos, deficiência de nutrientes e desidratação - todas essas condições podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos, tanto para mais quanto para menos, gerando ou piorando um quadro de arritmia. De acordo com Jefferson, uma alimentação pobre em vitamina E, C e do complexo B pode interferir na pressão sanguínea, elevando os batimentos cardíacos e causando arritmias. 

Durma bem! 

A otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, Fernanda Haddad, explica que a apneia do sono aumenta os riscos de arritmia. "A respiração de pessoas com apneia fica mais intensa durante a noite, por causa da obstrução nas vias respiratórias", conta. O esforço para respirar gera um aumento da pressão sanguínea, elevando os batimentos cardíacos, aumentando os riscos de arritmia ou de complicações decorrentes dela. 

Faça exercícios 

regularmente Pesquisas comprovam que a prática de atividade física leve a moderada diminui a incidência de arritmias. "Pessoas sedentárias têm até 25% a mais de chance de sofrer uma arritmia", afirma o arritmologista Jefferson Jaber. Mas é importante fazer uma avaliação física antes de começar a treinar, porque alguns problemas de coração limitam o tipo de exercícios que pode ser realizado sem riscos à saúde.  

Coma mais salada 

Pessoas que sofrem com fibrilação atrial correm mais risco de sofrer um AVC e, por conta disso, precisam tomar um medicamento anticoagulante chamado varfarina. Jefferson explica que o consumo irregular de folhas verdes pode interferir no funcionamento do medicamento, tornando-o ineficiente. "Quem toma varfarina precisa consumir a mesma quantidade de folhas verdes todos os dias", conta Jefferson. Isso vale para todos os tipos de folhosas, como alface, rúcula, espinafre ou repolho. 


Atenção às gorduras

Jefferson conta que o consumo exagerado de gorduras interfere de forma indireta na incidência de arritmias. "A gordura pode formar placas na parede dos vasos sanguíneos, principalmente nos coronários", conta ele. Esse acúmulo de gordura, por sua vez, aumenta a pressão sanguínea e pode causar não só as arritmias, como outras doenças cardiovasculares.  

Cigarro 

A nicotina leva à liberação de substâncias como adrenalina, que estimulam o coração, elevando os batimentos cardíacos e causando taquicardia. "Estudos comprovam que mesmo as pessoas que fumaram e já pararam correm mais risco de sofrer fibrilações arteriais", conta Jefferson. Além disso, por conta da produção de adrenalina inconstante, o batimento cardíaco fica desorganizado, aumentando o risco de outros problemas cardíacos.  ,

http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/14254-mude-os-habitos-para-prevenir-arritmias-cardiacas?utm_source=news_mv&utm_medium=saude&utm_campaign=8254103

domingo, 16 de março de 2014

Exercícios de Neuróbica que deixam o cérebro afiado.



Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".

Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.

"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.

Pensamentos - Como funciona a neuróbica?

A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato, psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho. 


Ouvindo o som do mar - O papel dos sentidos



O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.

"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado? 


Revivendo a memória - Corpinho de 40 e mente de 20!

A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.
"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer", considera a especialista.  

Escovando os dentes -

9 exercícios de quebra de rotina

Mudar a rotina ajuda a nos tirar dos padrões de pensamento de sempre, que nos levam ao piloto automático. Experimente:

1- Use o relógio de pulso no braço direito

2- Ande pela casa de trás para frente

3- Vista-se de olhos fechados

4- Veja as horas num espelho

5- Troque o mouse do computador de lado

6- Escove os dentes utilizando as duas mãos

7- Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual

8- Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro

9- Faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?

Memorizando - 3 exercícios de memorização


Treinar a memória também ajuda a desenvolver a mente. Tente esses exercícios:

1- Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os

2- Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos

3- Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar
Consultando o dicionário - Foto: Getty Images
9 exercícios com palavras e habilidades cognitivas

Aprimorar novas habilidades sempre ajuda a exercitar o cérebro. Experimente essas dicas:

1- Estimule o paladar, coma comidas diferentes

2- Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado

3- Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado

4- Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef

5- Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras

6- Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes

7- Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu

8- Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver

9 - Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;



Corrida - Hábitos saudáveisOutra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Dedos proporcionam informações sobre a pré-disposição à osteoartrite


Quanto menor a razão entre o dedo indicador (2D) e o anelar (4D), mais alto o risco de desenvolver osteoartrite grave no joelho com necessidade de substituição total do joelho. Em um estudo publicado na revista científica "Rheumatology", cientistas escrevem que fatores hormonais também podem ter um papel.


De acordo com estudo antropológicos, os homens têm em média uma razão menor entre o comprimento dos dedos 2D:4D do que as mulheres. Os pesquisadores supõem que fatores hormonais possam também ter um papel, o que poderia explicar a diferença bem documentada na prevalência de osteoartrite entre homens e mulheres.

Em seu estudo, Yuanyuan Wang e colegas da Universidade Monash (Austrália) avaliaram fotocópias das mãos de mais de 14.500 indivíduos de meio-idade ou idosos participantes do Melbourne Collaborative Cohort Study. Durante a média de 10,5 anos de acompanhamento, 580 pessoas foram submetidas à substituição do joelho e 499, à substituição de quadril, em função de osteoartrite grave.

Uma razão de 2D:4D menor indicou prevalência mais alta de substituição do joelho, não havendo nenhuma associação significativa com a substituição de quadril. Isso foi demonstrado tanto na mão esquerda como na direita, mesmo que o risco tenha sido mais alto na mão direita.

Os resultados dos estudos podem ser parcialmente explicados por lesões articulares associadas ao alto nível de atividade física nas pessoas com razão menor entre 2D:4D e a maior pré-disposição à osteoartrite grave no joelho. Estudos anteriores demonstraram uma correlação negativa entre a habilidade nos esportes e razão de 2D:4D. No entanto, eles também podem refletir influências hormonais sobre o crescimento de ossos, cartilagem e tecidos moles. De acordo com os pesquisadores, mais investigações são, portanto, necessárias.


Ref: http://www.univadis.com.br/medical-news/Countries/node_309103/Medical-News/d7f906c77bf1fbb1d94cca640f42b2ef?WT.mc_id=UNI_UNL_WED_BR_pt_52

Riqueza e higiene contribuem para o Alzheimer


A doença de Alzheimer emerge mais frequentemente em países ricos e com níveis mais altos de higiene e urbanização. Este é o resultado de uma análise baseada em dados padronizados de idade de 192 países publicado por pesquisadores britânicos na revista científica "Evolution, Medicine and Public Health". Assim, o Alzheimer pode ser uma das doenças a que se aplica a "hipótese da higiene".

Países em que todos têm acesso a água limpa para beber, como o Reino Unido e a França, têm um índice nove por cento mais alto de doença de Alzheimer do que os países em que somente uma a cada duas pessoas tem acesso à água limpa para beber, como o Quênia ou o Camboja.

Nações com índices mais baixos de doenças infecciosas (como a Suíça ou a Islândia) tiveram um índice 12% mais alto de doença de Alzheimer do que países com muitas doenças infecciosas (como a China ou Gana). Países nos quais a maioria da população vive em áreas urbanas, como a Austrália e o Reino Unido, tiveram índices 10% mais altos de Alzheimer do que as nações onde a maioria da população habita áreas rurais, como Bangladesh e o Nepal.

A combinação desses três fatores - apesar do fato de que seus efeitos se sobrepõem - respondeu por quase 43% da variação no diferencial de Alzheimer, de acordo com os pesquisadores.

Em face do nível crescente de higiene em países em desenvolvimento, esses resultados foram muito importantes, disse a líder do estudo, Molly Fox. O aumento da expectativa de vida e a prevalência mais alta associada ao Alzheimer podem muito bem ser "um dos principais desafios de nossos tempos". Hoje, 50% dos pacientes com Alzheimer vivem em países em desenvolvimento. Em 2025, esse número pode chegar a 70%.

Presume-se que - devido ao contato raro com bactérias e microrganismos - o sistema imunológico se desenvolve muito menos e, portanto, torna-se mais suscetível a infecções no cérebro associadas à doença de Alzheimer. Um conhecimento melhor dessas relações é essencial para desenvolver novas estratégias de prevenção, disse Fox.


Ref: http://www.univadis.com.br/medical-news/Riqueza-e-higiene-contribuem-para-o-Alzheimer?WT.mc_id=0